Ads 468x60px

Homenageados


Pedro Tarzan

Pedro Tarzan nasceu no município sergipano de Malhador, mas ainda jovem fixou residência em Maceió. Em terras caetés, foi coroado rei do carnaval alagoano. No auge da fama, desfilava protegido por um cordão de isolamento, tamanho o sucesso conquistado entre os demais foliões.


A paixão pelo carnaval surgiu em 1956, quando Pedro Tarzan uniu sua predileção por personagens retratados nas telas do cinema com a Folia de Momo. O carnavalesco tinha orgulho de confeccionar suas próprias fantasias. Entre as muitas criadas por Pedro Tarzan, destacaram-se: Carrasco (1956), Pele Vermelha (1957), Lampião (1960), Rei Dario III (1974), Spartacus (1976), Serra Negra (1980), Golias (1981), Caetés (1984), Tibiriçá (1985) e Oxóssi (1989). Pedro Tarzan faleceu em 28 de setembro de 2001.


Setton Neto
Salomão Setton Neto, também conhecido como El Gringo do Samba, nasceu em Maceió no dia 23 de fevereiro de 1920. Foi coroado Rei Momo do Carnaval por 19 anos consecutivos, entre os anos de 1970 e 1988.

Sua popularidade se deu quando passou a trabalhar na loja de seus pais, o que lhe proporcionou conhecer as pessoas e a cidade como a palma da mão. Sua veia artística era forte e o levou a fazer parte do cast de inauguração da Rádio Difusora de Alagoas, como cantor, em 1948.

Figura marcante e presente, Setton Neto será sempre uma referência do carnaval de rua de Alagoas. O Eterno Rei Momo faleceu no dia 12 de maio de 1994, deixando grande saudade aos foliões.


Jararaca
O alagoano natural de Maceió José Luiz Rodrigues Calazans, conhecido como Jararaca, compôs, em 1937, junto como Vicente Paiva a clássica “Mamãe eu quero”, uma das marchinhas mais famosas da história do Carnaval. A canção ultrapassou as fronteiras brasileiras e é considerada a terceira canção brasileira mais conhecida no mundo, perdendo apenas para Aquarela do Brasil e Garota de Ipanema. 

“Mamãe eu quero” tornou-se um sucesso nos EUA, onde foi interpretada por Carmem Miranda no filme "Serenata tropical", de 1940. A Marcha chegou a ter uma versão em inglês – “I want my Mama” -, gravada por Bing Crosby e pelo trio The Andrews Sisters. A música aparece ainda em filmes de Mickey Rooney, Jerry Lewis e dos irmãos Marx, dentre outras muitas aparições famosas. 

Ao lado de Severino Rangel de Carvalho, formaram a dupla musical Jararaca e Ratinho, que protagonizou o filme No Trampolim da Vida, de 1946, e Loucos por Música, de 1950.  Nos anos 60 e 70, participaram de alguns programas de televisão como o Balança Mas Não Cai. Depois da morte de Ratinho, Jararaca trabalhou no programa Chico City, na Rede Globo, no papel do cangaceiro Sucuri. O ilustre alagoano faleceu em 11 de outubro de 1977.

Moleque Namorador
Armando Veríssimo Ribeiro, o Moleque Namorador, foi um passista alagoano que nasceu em São Luiz do Quitunde, fazendo muito sucesso nas Ruas de Maceió nos anos 30 e 40.

Trabalhava como jornaleiro, mas foi como folião que ficou conhecido, chegando a vencer vários concursos de frevo, sempre com bom humor e alegria que contagiavam a todos.

Morava na Rua Xavier de Brito, no Prado e animava os carnavais da Ponta Grossa, precisamente no lugar onde foi construída a praça que recebeu o seu nome nos anos 60. Faleceu em 1949, mas teve seu nome imortalizado no principal centro festeiro do bairro.


Major Bonifácio
Major Bonifácio era um dos grandes entusiastas do Carnaval alagoano do século XX. Comerciante e defensor dos direitos dos negros, o major era um lutador ferrenho para que a cultura e os festejos populares saíssem da margem e viessem desfilar suas cores, danças e alegrias no Centro da cidade.

Fazia de Bebedouro um reduto festeiro, conhecido de todos os maceioenses, que se deslocavam ao bairro para prestigiarem os acontecimentos. A praça principal virava um imenso parque de diversões.

O carnavalesco foi uma figura tão importante que ficou conhecido como o “organizador oficial” do Carnaval de Rua de Maceió.


Miss Paripueira
Ambrosina Maria da Conceição, mais conhecida como Miss Paripueira, tornou-se um dos personagens mais lendários do imaginário popular de Alagoas. Ela mesma se intitulou miss e passou a desfilar todos os dias pelas ruas de Maceió e Paripueira nos anos 80 e 90. Com óculos escuros e enormes, peruca, colares, brincos e enfeites coloridos que chamavam a atenção de todos. Seu jeito espalhafatoso divertia e ao mesmo tempo assustava as crianças, que adoravam chamá-la de Sabiá, o que a irritava.

Nos carnavais de Maceió e nas festas de Santo Amaro, em Paripueira, era atração garantida. Alegre e sorridente, Miss Paripueira era quem comandava os blocos, com suas danças irreverentes e únicas. Eterna figura do nosso carnaval, faleceu em 1995, terminando assim o seu reinado de miss e deixando muita saudade pra quem vivenciou seus inesquecíveis carnavais.


Edécio Lopes
Edécio Lopes é um dos expoentes mais fortes quando pensamos no Carnaval de Alagoas, embora fosse pernambucano de nascença. Profundo conhecedor e divulgador da música brasileira, foi radialista, poeta, escritor, cantor e compositor. Seu amor pelo carnaval tornou-o conhecido e coroado como Embaixador do Frevo.

Sua obra-prima é a música “Cidade Sorriso”, uma das mais executadas durante os festejos carnavalescos, e considerada um dos hinos do carnaval alagoano, por descrever todas as belezas de nossa terra. O radialista faleceu em 21 de janeiro de 2008.



Mulher da Capa Preta
A estória teria se passado no começo do século XX, com um rapaz   conhecendo uma moça num baile em Maceió. À meia-noite, ela decide ir embora e o jovem, muito interessado se oferece para levá-la em casa. A moça  recusa para evitar problemas como os pais, mas como chove é coberta com a capa do rapaz, que a deixa perto de casa, em frente a um cemitério, levando ele o endereço da jovem. 

No dia seguinte, quando bate à porta no endereço informado, a família da jovem afirma que se tratava sim da filha, mas que já era falecida. Confuso e achando que se tratava de brincadeira, o jovem insistiu em ir ao cemitério para conferir a informação, quando em lá chegando se surpreende ao ver estendido no túmulo de Carolina de Sampaio Marques a capa que lhe pertencia. 

A história virou lenda entre os moradores do bairro do Prado, ganhou fama, inclusive ultrapassando os limites de Alagoas. Inspirado na versão, o bloco carnavalesco “A Mulher da Capa Preta” já tem 14 anos de existência, sendo um dos mais conhecidos do Carnaval alagoano.


Rás Gonguila
Negro forte, espirituoso e alegre, Rás Gonguila foi uma das figuras alagoanas mais famosas do século XX. O local onde trabalhava como engraxate, na Rua do Comércio, tornou-se ponto de encontro de boêmios, poetas e até figuras políticas. Adotou o título africano Rás ao seu nome, pois se dizia descendente dos Reis da Etiópia.

Na Ponta Grossa, onde morava, era muito respeitado e tido como um líder da comunidade. O político que quisesse votos no bairro, teria que ganhar o apreço e admiração de Gonguila. Carnavalesco, criou e comandou o bloco Cavaleiro dos Montes, que saía todo ano ao som do frevo, desfilando seu carisma e prestígio pelas ruas da cidade.

Marcial Lima
Apaixonado pelas manifestações culturais e populares do nosso Estado, Marcial Lima é uma referência na Cultura alagoana. Foi ator, presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural, cronista e um dos fundadores do Pinto da Madrugada, um dos maiores e mais famosos blocos de carnaval de Maceió.

Marcial era um grande lutador e incentivador da cultura no Estado. Segundo ele, o objetivo era o de fazer do Carnaval um grande palco de valorização das tradições culturais, resgatando assim as grandes e saudosas festas de rua. O carnavalesco faleceu em 17 de setembro de 2011.


Mamãe
Com mais de 30 anos de folia, a “Mamãe”, e consequentemente, o bloco Filhinhos da Mamãe, nasceram a partir da peça teatral Estrela Radiosa, criada pelo ator Ronaldo de Andrade e encenada pela Associação Teatral das Alagoas (ATA), em 1982. O espetáculo foi inspirado na emancipação política do estado, onde a filhinha Alagoas se separa da mamãe Pernambuco.

O bloco atualmente é um dos mais conhecidos e tradicionais do carnaval alagoano, sendo também conhecido como “o bloco dos artistas”. Os foliões se concentram no Museu Théo Brandão e saem com suas fantasias pelas ruas históricas de Jaraguá, capitaneados pela boneca gigante da Mamãe, que se tornou símbolo das prévias carnavalescas de Maceió.
    


Achiles Escobar
Natural de Cambará, no Paraná, Achiles Escobar escolheu o solo e a cultura popular alagoana para fincar seus pés e estabelecer sua arte. Seus trabalhos englobam papel machê, papietagem, lixo urbano, dentre outros elementos, buscando sempre uma relação próxima com o artesanato.

Carnavalesco, o artista formou o bloco “Jaraguá é o Bicho”, além de ter uma intensa participação no processo de revitalização do Carnaval de Marechal Deodoro, no qual emprega seu talento aos bonecos gigantes e adereços utilizados nas festas locais.

Dedicado há mais de 30 anos às artes visuais, Achiles vem se preocupando também em compartilhar seu vasto conhecimento com crianças e jovens - seus pupilos já passam de trezentos -, num trabalho nobre e gerador de bons frutos. 


Maestro Manezinho
Manoel Tenório de Moura, conhecido como Maestro Manezinho, um dos carnavalescos mais renomados e premiados do Estado, fundou o bloco "Sai da Frente", que nos anos 40 arrastava multidões pelas ruas da Capital.

O carnaval sempre encantou o maestro. Quando menino, confeccionava bandeiras e saia pelas ruas durante a folia de momo. Na fase adulta, lá estava Manezinho puxando o bloco "Sai da Frente" ao som do frevo, tocando trombone de vara ou de pisto. O maestro-folião conquistou 32 títulos carnavalescos de concursos de orquestras de frevo realizados por prefeituras.

Em 2006, recebeu o primeiro título de comendador do bloco Pinto da Madrugada, e sua esposa, dona Pompéia foi agraciada com o de comendadora, sendo a primeira mulher a receber a honraria. Natural de São Miguel dos Campos, Maestro Manezinho faleceu no final de outubro de 2013, aos 91 anos.


JUCÁ SANTOS
Cláudio Antônio Jucá Santos é advogado, jornalista, escritor, compositor, fundador e presidente da Academia Maceioense de Letras. Jucá Santos é compositor de dezenas de músicas gravadas, dentre elas o frevo-canção “Evocação de Alagoas”, composta em parceria com Alves Damasceno, em 1977. A composição teve mais de 10 regravações, e exalta personalidades como Graciliano Ramos e Jorge de Lima, além de bairros da Capital. 

Em 2011, o bloco Turma da Rolinha prestou uma homenagem ao compositor com o tema “A Rolinha Evoca a Alagoas de Jucá”. Aos 80 anos de idade, Jucá é hoje referência quando o assunto é musicalidade carnavalesca em Alagoas. 





0 comentários:

Postar um comentário